quinta-feira, 15 de julho de 2010

Valve 3/4

Taí. A terceira e última empresa desses meus artigos é o bebê no mundo dos games perto das outras duas. Blizzard e BioWare tem 12 e 8 anos a mais de tempo de mercado que a terceira escolhida, a Valve. Tudo bem, a Valve mesmo só nasceu em 2003, mas ela já existia como uma L.L.C. nos Estados Unidos desde 1997. Se você parar e resolver me perguntar o que é uma L.L.C. eu não vou saber, só sei dizer que é mais ou menos uma empresa que funciona com colaborações.

Enquanto ainda era esse negócio de L.L.C. é que o primeiro jogo da Valve foi lançado. Um que hoje é uma série bem famosa, e um dos motivos pelos quais a Valve merece esse post. Half-Life series. E não só o Half-Life, mas um dos grandes males de lan house aqui no Brasil: Counter Strike.

"É NÓIS, É NÓIS, METE BALA NELES MANO!" Que atire a primeira pedra quem teve uma vida de lan house e não ouviu alguma coisa assim. Espera, não. Não atirem pedra nenhuma, ou a porra do monitor vai quebrar.

Pois é. Eu não quero estigmatizar o jogo pelos players que tem, mas é foda. Já joguei CS e nunca fui muito bom, mas que o sucesso é esmagador, é. Até porque hoje em dia só vemos Favela da Rocinha entre os jogos brasileiros porque existiu CS, e mais, porque antes de CS existiu Half-Life.

Um dos grandes diferenciais da Valve é que, diferente de muitas companhias (mas acompanhando uma tendência que eu considero atual e até positiva no mercado) eles sempre foram muito amigáveis com alterações nos seus jogos, os chamados mods. Inclusive, CS nasceu de um mod feito pro Half-Life (que é anterior a CS, sim). E mais, não foi só o CS não. Team Fortress e Day of Defeat foram produzidos da mesma forma. Um mod criado em algum lugar da evolução que acabou fazendo a Valve produzir um jogo de verdade, independente.

Team Fortress. A semelhança é inegável, mas as diferenças também são. São todos FPS? São, claro, mas são bem individuais entre si, na minha opinião.

Tem toda uma historinha um pouco mais complicada do que simplesmente 'mod' por trás de Team Fortress e os outros derivados, mas aí é demais pra explorar. Não foram simplesmente players que fizeram, mas pequenas empresas, a que fez TF inclusive acabou incorporada a Valve, mas como eu acabei de dizer... Não é importante. Não muito.

Cada um tem as suas particularidades. CS é o chamado Tactical FPS, Half-life é mais focado em science-fiction e Day of Defeat é situado na Segunda Guerra Mundial. Team Fortress já parece se enquadrar mais no gênero de Left 4 Dead, do qual eu vou falar um pouquinho mais pra frente.

Fato: todos esses jogos fizeram um puta de um sucesso. CS foi quase uma era, com mais fama que até Half-Life. Day of Defeat é um pouco mais desconhecido, mas Team Fortress meio que marcou época também. Na minha opinião, a Valve é uma puta produtora de FPS e tem um especial carinho pela comunidade que é público dos jogos (um ponto que muitas vezes parece faltar na minha querida Blizzard).

Mas a vida segue e o mundo dos jogos também. Portal também foi criado pela Valve e teve um sucesso bem legal. FPS também, mas mais focado em ação e, surpreendentemente, puzzles. O que eu vi? Por alguns conhecidos, me pareceu que Portal parecia muito e acabou sendo menos do que o esperado. O que dizem as críticas? 89,20% de aprovação no game-rankings e a leitura de alguns reviews mostram que o jogo é muito bom. Curto, mas inovador e empolgante.

É First-person shooter? É, mas não é qualquer FPS não. Portal chegou a 'criar' um novo gênero com as características de puzzle. Um tal de Puzzle FPS ou algo assim. Curioso? Pra caralho, mas é fato. Joguei só um pouco, mas eu recomendo.

E aí vem Left 4 Dead e o Steam, que são duas das principais atrações da Valve, na minha opinião. Na minha realmente humilde opinião, eu acho que Steam foi uma das grandes sacadas de toda a humanidade, e acho que Left 4 Dead é um jogo interessante pra caralho... Mesmo sendo só mais um FPS.

Eu sei, tem coisa errada no meu post. A ordem cronológica tá meio bagunçada em tudo, mas isso é até meio proposital. Eu tô tratando a Valve de um jeito um pouco mais pessoal e lidando com cada coisa na ordem que eu acho mais pertinente. Left 4 Dead é realmente recente, mas a Steam nem tanto: é de 2003. Ainda assim, eu vejo que a suposta 'explosão' dela é mais recente e é isso que me interessa. Que é recente e que, de certa forma, representa o que eu vejo e espero do futuro.

Que Left 4 Dead é do caralho dá pra dizer tranquilo. O jogo é bem ambientado, até bem bonito pra um FPS do gênero, as vozes são ótimas, a soundtrack é invejável e a jogabilidade é simples, mas muito boa. Isso é pessoal. Segundo as críticas isso tudo é muito bom e tem mesmo lugares que digam que Left 4 Dead foi o co-op FPS perfeito (acho que li isso em uma review do IGN.com). Além disso, é bem fiel a história toda dos zumbis, o que é bem legal. A soma de tudo isso rendeu um score de 89 no Gamerankings e no Metacritic, o que é muito bom.

Ver isso e imaginar "COOOOOORRE NEGADAAAAAA" é bem fácil, não é? Eu correria.

E com isso chega mais ou menos o final do post e junto chega a jogada que eu considero mais incrível e inteligente da Valve: Steam. Tá, além de ser criativo o nome (válvula, vapor... Sacou?), o negócio é um dos serviços mais incríveis que a internet tem a oferecer em termos de games. Funciona como distribuidor, gerenciador, plataforma multiplayer e de comunicação, é quase uma fatalidade que o Steam não limpe a casa também.

Abrindo o site do Steam agora eu vejo que tem 610 jogos a venda por um valor menor que 10 dólares e outros 179 menor que 5 dólares. Segundo a wikipedia, até Janeiro desse ano, mais de 1100 jogos estavam disponíveis para compra e download pelo Steam, desde produções pequenas, independentes ou de desenvolvedores jovens até grandes produções (como os próprios jogos da Valve, oras).

Beleza, eu queria ilustrar o Steam, que é do que estou falando, mas porra... Sério, não achei uma imagem mais legal que simplesmente isso. O Steam é foda, ok? Assumam.

Infelizmente nós não somos lá agraciados com o Steam. Eles fazem promoções bizarras de tempo em tempo, e aquele jogo que custa 39 doletas daqui a pouco apareceu por 19, 14 ou mesmo 9,99. Isso é positivo pros distribuidores, desenvolvedores e pra comunidade. Caralho, é só pensar! Desestimula o jogo pirata, já que a distribuição é online e o preço é razoável, populariza os jogos famosos aumentando o público e a comunidade, e dá fama para os jogos de empresas pequenas, possibilitando que cresçam.

Além disso, a distribuição de jogos diretamente pela web é uma das coisas que mais me interessam no mundo dos games. É quase fascinante, e é um dos pontos importantes do que eu pretendo falar no domingo, quando terminar essa séries de posts. É um fim abrupto pra esse? É sim, mas eu lamento, é assim que precisa ser!

Abraços, galera!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

BioWare 2/4

Bom, sigo com a segunda postagem sobre as empresas de games e o futuro que nos espera. A bola da vez é da BioWare, que vai ter uma biografia nos moldes da que a Blizzard ganhou no post passado, e um pouquinho de atenção também.

BioWare Group, cujo grande dona é a Electronic Arts, foi fundada em fevereiro de 1995, e é responsável por alguns títulos bem famosos no mercado de hoje em dia. Curiosamente, foi formado por três graduandos de medicina. Em 2005 a BioWare e a Pandemic (responsável por títulos como Battlezone II e Army-Men RTS) formariam uma parceria, mas ambas acabaram incorporadas pela Elecctronic Arts, mas a BioWare manteve o logo.

Enquanto não dá pra dizer que a BioWare escreveu história em inovação no mundo dos games, não dá pra desmerecer o trabalho deles. Apesar de utilizar sistemas que já são razoavelmente conhecidos, eles ainda conseguiram fazer com que alguns dos principais jogos da empresa subissem muito na aceitação do público, e isso indica que por mais que não seja um grande ás da indústria, tem potencial pra fazer muita coisa.

Shattered Steel foi lançado em 1996, o primeiro jogo da empresa. Antigo pra caralho, eu admito, mas convenhamos. Pra médicos recém formados, o negócio foi bem bolado.

Shattered Steel foi o primeiro jogo da companhia, em 1996, mas não acho que ele mereça tanto destaque assim, se for comparado com o segundo título, lançado em 1998. Se todo mundo vai reconhecer, é uma coisa, mas se você mantém pelo menos um olhinho no mundo dos games, o nome vai acionar alguma coisa aí na tua cabeça.

Sim, Baldur's Gate! Chegou a ver esse mapa tão completinho assim?

Quer saber uma coisa interessante? Baldur's Gate, assim como outros jogos da série e alguns outros sem relação com eles tem como universo o Forgotten Realms, o cenário usado na série de Dungeons e Dragons. Parece que o sistema de batalha também é de D&D 2ª edição, com algumas adaptações pro negócio ser executável e tal.

Fato: Baldur's Gate fez um puta sucesso. Dois anos depois do lançamento de Diablo, o jogo vendeu pra caralho e deu um gás na indústria dos RPGs pra PC. Unindo uma legião de fãs de D&D com uma legião de fãs de RPG, o sucesso só podia ser garantido.

É feio? É, mas convenhamos, o negócio não tá ruim pra época. O cenário tá até bem bonitinho, poxa!

O sucesso valeu, e em 1999 já veio a expansão, e até que foi bem recebida. Tinha uns bugs, mas quem não tem? Além do mais, as adições que o jogo recebeu foram superiores aos motivos de crítica, e isso ajudou pra caramba no sucesso da franquia.

Em 2000 veio MDK2, e acho que sou uma das únicas pessoas na face da terra que conhece esse título. Lembro que enquanto eu tinha 8 anos e brincava de bonecos em casa, minha mãe ficava acordada até a meia-noite jogando MDK. O primeiro, sim. Anos mais tarde eu vim a experimentar o jogo também, mas nunca tive paciência pra terminar. Hoje o negócio nem roda mais em PC algum, acho. Fiquei sabendo que o jogo seguiu o estilo do primeiro, e por isso não tem nem como ser ruim, mas... Não fez todo esse sucesso.

Foi no mesmo ano, apesar disso, que veio...

Progresso, não? Aliás, o gráfico não é TÃO powerfull assim, mas pô... Tá bom. Tá bem legal, não tá?

Seguindo o sucesso do primeiro jogo, o segundo tinha que ser bom pra caralho, não é? Em geral, não é a regra, mas em Baldur's Gate, foi. Foi ainda melhor que o primeiro, o que rendeu ao jogo scores de 90%, 9/10, 4 estrelas de 5 e algumas notas máximas nos mais conceituados sites de reviews da internet. Inclusive, ganhou até uma postagem no "Greatest Games of All Time" do Gamespot. Eu chamo, sim, de impressionante. Isso antes mesmo que a BioWare fosse comprada pela EA, que teria, supostamente, muito mais potencial pra alguma coisa assim.

A expansão também seguiu o sucesso, e ganhou, segundo a Wikipedia, 3 prêmios no ano de 2001, quando foi lançada. Gamespy, IGN e Academy of Interactive Arts and Science (eu sei, também fiquei meio wtf com o nome, mas fazer o quê?).

Depois disso veio Neverwinter Nights, e eu vou ter que admitir. Se não fosse um colega de aula carioca, na época que eu tava na 8ª série, que vivia falando 'Neverwinterrr Naitsh', eu não ía lembrar desse negócio hoje. Admito também: nunca joguei e nunca me interessou muito, mas fazendo o dever de casa pra postar aqui, acabei descobrindo que ele foi muito importante pro desenvolvimento dos jogos seguintes, um dos quais muito me interessa.

"Wait, wait, giant nude girls all along? That's what i'm talking about!" Ok, a imagem é do NWN2, que nem foi produzido pela BioWare, que estava ocupada demais com Dragon Age: Origins, mas ela representa bem o que o NWN passou com patches home-made. Vocês com certeza já usaram um de The Sims pra deixar a galera pelada, não usaram?

Neverwinter Nights ocupou 2002 e 2003 da empresa, com o jogo principal e duas expansões. Em 2003, ainda, veio Star Wars: Knights of the Old Republic, que foi um puta jogo, mas no qual não quero me prender demais. Em 2005 veio Jade Empire (que é uma puta piada interna pra algumas pessoas que postam aqui e outras que lêem) e 2007 Mass Effect. Jade Empire e Mass Effect foram lançados primeiro pra Xbox e depois veio pra PC. Não gosto quando o negócio migra do console pro PC, mas vou fazer o quê? Chorar? Só não vou falar mais deles porque já falei demais e a fama foi pouca perto de Baldur's e NWN!

Deposi veio mais Sonic (sim, também fiquei surpreso aqui. Até fazer o dever de casa, não fazia idéia que a BioWare tinha produzido Sonic!) e mais Mass Effect em 2008 e 2009, respectivamente. Mas foi em 2009 que o que eu considero a bomba lançou. Dragon Age: Origins.

Não, ninguém vai me convencer que esse jogo não é foda pra caralho. Ví vídeos, imagens, críticas e reviews, mas nunca joguei. Alguém entende como eu me sinto? Hoje de noite vai pra loja do Tio Torresmo. Prometo jogar no futuro próximo.

Lembro que essa porra fez um estardalhaço gigantesco, pelo menos no mundo ao meu redor. Vi propagandas em vários cantos da internet e cansei de gente enchendo o saco no meu ouvido pra jogar. Li alguns reviews, mas realmente não consegui jogar. O download era grande demais pra situação atual da minha internet, e isso só dificultou tudo. Mas espero uma nova chance. O fato é, foi considerado o sucessor de Baldur's Gate, e não acho que tenha sido sem razão.

Convenhamos, mesmo só por aquela imagem, o negócio tem uma certa semelhança (sem brincadeirinhas com os gráficos, por favor), ressalvado o avanço natural da tecnologia. O sistema ainda tem algumas lembranças, e os reviews ficaram mais ou menos na mesma área. A versão pra PC foi notavelmente mais aclamada que a para Xbox 360 e PS3, por conta de alguns 'defeitos' na hora de migrar o jogo para os consoles.

Now now, what the fuck is this shit? O gráfico do jogo não deixa nada a desejar, mas também, pra um título lançado no ano passado, é o mínimo que se espera nos dias de hoje.

A expansão do jogo já foi lançada e já tá no mercado. As críticas não foram TÃO boas assim, porque a história decaiu e os personagens se tornaram menos memoráveis, mas ainda assim, o negócio não ficou fraco por causa da expansão.

O fato é que a BioWare produziu alguns dos carros-chefe do mercado hoje em dia. Dragon Age: Origins é o primeiro no Top 10 de games pra PC do Gamefaqs, e Mass Effect 2, de quem eu nem falei muito é o 10º colocado na mesma lista. Se for comparar, a Blizzard tem o 2º lugar com World of Warcraft, o 6º com Diablo II: Lord of Destruction e o 7º com o recém lançado Starcraft II: Wings of Liberty (eu sinceramente aguardo que essa 7ª colocação não seja o melhor que o jogo pode conseguir).

Um último fato a ressaltar é que a Electronic Arts talvez seja a grande responsável por todos esses títulos. Ela é a verdadeira dona da BioWare e eu não tenho uma boa noção de como as coisas funcionam entre eles. Ainda assim, se a BioWare manteve a própria identidade depois de ser incorporada, acho que isso merece o devido crédito. Verdade seja dita, é uma puta de uma empresa, que na minha opinião, realmente merece o lugar aqui como segunda explorada no mundo dos games pra PC. Encerro essa postagem por aqui, quinta-feira eu volto com a terceira da série!

Abraços, todo mundo!

P.S. Escrevi todo o post direto no blogspot. Vamos ver se a formatação não vai me decepcionar...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Blizzard 1/4

Bom galera, a poeira tá forte aqui, mas estou com um gás novo e incentivei o pessoal a retomar o ritmo do lugar. Para aproveitar, eu vou fazer uma série de postagens sobre games e a plataforma PC, passado, presente e futuro. Vou falar sobre 3 grandes companhias, uma por postagem e depois ver um pouco do que o futuro dessas companhias pode fazer por nós. A primeira, que sendo eu, não podia ser outra, é a Blizzard. Espero que aproveitem!

Fundada em Fevereiro de 1991 sob o nome Silicon & Synapse, a companhia só foi assumir o nome de Blizzard Entertainment em 1994. Antes disso, jogos conhecidos pra alguns de nós, como Rock’n’Roll Racing e Blackthorne foram lançados pela companhia.

Qualquer gamer que acredite ser “velha guarda” e nunca jogou RRR é um herege. Você pode se redimir baixando um emulador e jogando ele agora. Não vai ter arrependimento.



Também em 1994 houve o lançamento do primeiro título da saga Warcraft. O início de uma história gigantesca, com o título Warcraft: Orcs and Humans. Junto com Dune II, foi um dos títulos que abriu as portas do mundo pra jogos no estilo RTS. Outro título que merece destaque na época é Command e Conquer, lançado no ano de 1995, que apesar de ser um RTS, ele teve diferenças substanciais do estilo usado em Warcraft, como a interface única para produção de unidades.



Daí em diante o negócio avançou brutalmente. Em 1995, em meio a outros títulos menores, veio Warcraft II: Tides of Darkness e em 1996 a expansão, Warcraft II: Beyod the Dark Portal, ambos seguindo o mesmo estilo de jogo do Warcraft original e dando continuidade a história das raças de Azeroth.

Caralho, a arquitetura dos goblins tá aí desde 1995, meu. Aquele Juggernaut ali no canto é igualzinho a uma porra de um navio Goblin de WoW!



Em 1997 Diablo rouba a cena. Mudando o esquema de controlar um exército de raças fantásticas, tá na hora de ferrar - sozinho - com demônios de diferentes níveis do inferno e outros mundos. O gênero do jogo, dessa vez, é bastante conhecido, mas tem quem diga que o estilo de point and click nasceu aí.



Em 1998, meus amigos, aí nasceu Starcraft. Pff, RTS de novo? Da Blizzard, já cansei de Warcraft. Pois bem, o que você faz quando, aos 5 minutos de jogo, construindo as primeiras estruturas da base, você é rushado por zerglings e sente a dor de um end-game prematuro? Aí é que tá a inovação do negócio.



HOLY SHIT, WTF?



Quebrando o paradigma do RTS parado, em que uma preparação de 10 a 15 minutos é necessária antes de começar uma guerra (Ninguém questiona a capacidade de construir um punhado de prédios e um pequeno exército em 15 minutos, ok?), Starcraft é um violador anal daqueles acostumados a esse sistema. Quando a guerra começa com três minutos e meio e se estende por mais 18 até que uma raça seja suprema (My life for Aiur, na minha opinião) você sabe que o jogo é bom pra caralho.



Stracraft: Brood War foi lançado no mesmo ano, aumentando ainda mais o boost na popularidade de Starcraft. Não tenho uma fonte, mas é difícil de acreditar que um RTS foi e ainda é tão jogado no mundo inteiro quanto Starcraft. Ou você acha que é a toa que imagens evolutivas garantem que os Koreanos se desenvolveram em Hydralisks?



Em 2000 foi a vez de Diablo II. Gráfico melhorado, mais raças, mais itens, mais quests, mais mundos, mais dungeons, mais bestas demoníacas e mais um jogo no sistema point and click, em um mundo agora já bem acostumado com ele.



Se bem me lembro, isso aí é Poison Nova. Fucking. Pure. Awesomeness.



Em 2002 e 2003 foi a vez do retorno triunfal de Warcraft. Warcraft III: Reign of Chaos e Warcraft III: The Frozen Throne vieram para continuar a história das raças de Azeroth e Outlands e abrir caminho para o que viria em 2004: World of Warcraft.



O primeiro e talvez único MMORPG do mundo com mais de 10 anos na construção do lore. Ambientado inteiramente em Azeroth, o mundo principal de todos os jogos anteriores, World of Warcraft consumiu uma absurda parcela do mercado e gerou o que eu imagino ser um número ridiculamente grande em dinheiro.



Em 2007, World of Warcraft: The Bruning Crusade e em 2008 World of Warcraft: The Frozen Throne contaram pedaços da história de antes e durante o terceiro jogo e deram continuação a lore riquíssima de Warcraft. Recentemente o Lich King foi derrotado e agora estamos praticamente entrando na terceira expansão. World of Warcraft: Cataclysm.

E aí? Tá afim de encarar? A gente já sabe que o Lich King só invoca umas valquírias, te joga pra fora do Frozen Throne na marra e causa DoT de 7k em toda a raid. O que acha que o dragão da esquerda vai fazer?



Vou deixar Starcraft II para outro momento. Quero fazer um texto específico sobre ele, mas é um puta histórico pra uma empresa de games, não é? Esqueci de comentar que em Dezembro de 2008 tinha 11 milhões e meio de assinantes, e que desde então não liberaram nenhuma nova estatística. Mas se 11,5 milhões de pessoas já jogavam, deve ter pelo menos um bom motivo, não é?



Apesar de problemas no percurso, como as políticas recentes do sistema de Real ID e a batalha constante contra os addons e os notebooks, a Blizzard vem inovando o mercado e construindo uma plataforma baseada em jogos emblemáticos, que além da inovação que trazem a indústria dos games, são jogados mesmo quando existem coisas muito mais inovadoras (leia-se: bonitas) no mercado.



Hoje estamos no aguardo da terceira expansão de World of Warcraft, Starcraft II e Diablo III no futuro próximo, mas o que vamos ter depois que as duas expansões previstas pra Starcraft II forem lançadas? A Blizzard é pioneira na inovação nos games para PC, mesmo aqueles que saíram de dentro da Blizz levaram pra fora alguma coisa semelhante, como é o caso de Torchlight.

Parecidíssimo com o sistema de Diablo, Torchlight é simples e até pequeno, e foi criado por um dos funcionários que caiu fora da Blizzard.


Nos dias de hoje a Blizzard virou Activision Blizzard ao incorporar a empresa resposável pelas séries Call of Duty, Guitar Hero, Spider-Man e Tony Hawk, pra não citas outros títulos de peso. Por enquanto, a massa de fãs (como eu) tá bem satisfeita com o resultado. Enquanto a frase que guia a Blizzard continue sendo “It’s done when it’s done” a tendência é que por mais que não sejam perfeitas, as coisas fiquem bem.



Isso meio que encerra a parte Blizzard dessa série de postagens. O futuro além vai ficar pro último post, o quarto. Segunda-feira (12/07/10) vem o segundo, Quinta-feira (15/07/10) o terceiro, e no Domingo que vem (18/07/10) eu completo essa série. Até lá, um abraço, todo mundo e não esqueçam de deixar um comentário!


P.S. Só pra constar, eu vou começar a escrever meus posts direto aqui no blogspot! Acho que passei mais tempo editando e formatando o negócio (e ainda não ficou perfeito, mas tenho que siar) do que realmente escrevendo! Caralho!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Cigarro ainda mata mais que video game

Depois falam que é a violência dos games que leva uma pessoa a matar todos à sua volta e por fim se suicidar. Não, amigão: é esse seu hábito nada saudável de puxar tragos que vai te levar pra cova. Hum... talvez seja por isso que o Snake sofre de degeneração acelerada das células...


Não sei se vocês partilham da mesma opinião, mas para mim os fumantes estão cada vez mais respeitosos. Claro, respeito nenhum no mundo vai impedir que aquele cheiro de mato podre do inferno queimando empesteie suas roupas, mas eles estão fazendo o possível para pelo menos não bufarem na sua cara ou na maldita pizza que você comprou para dividirem.

Pelo menos é assim comigo. Não sei se tenho sorte, mas todos os fumantes que conheço pensam dez vezes antes de enublar minha visão com o miasma cancerígeno que brota de suas víceras (você já parou para pensar como pode caber tanto material para virar fumaça num cilindrozinho tão pequeno? É um milagre da engenharia!). Uma garota com quem repartia um teco de pizza indagou-me-ei-lhe-o (adoro a norma culta...) se eu, que não sou suicid... digo, fumante, me importava que ela fumasse. Ao que, no ato, me lembrei de uma frase super-estilosa de James Bond (o antigo, no livro de Ian Flemming, e não esse sociopata barato de terno caro de hoje): "Se você já escolheu o modo como quer morrer, fique à vontade". Foi o que eu disse.

Eis que a jovem quebrou meu pagamento de bacanismo dizendo algo como "o que você está dizendo de mim? Você é viciado em jogos, e nessas p**** violentas! Eu posso até me matar, mas pelo menos não vou entrar na minha escola matando todo mundo!".

Ela sabe como me atingir. Não fosse a engraçadinha conhecedora dos meus hábitos e mente-fechada a ponto de desmoralizar os gamers (já sem muita moral perante a sociedade), não falaria isso. Mas eu já estou acostumado aos coices "de brincadeirinha" dela. Contudo, algo me fez parar e refletir sobre meu pedaço de pizza ao bafo fedentino de uma dessas micro-chaminés em cuja caixinha aparece a foto de alguma pessoa que sofreu um atropelamento e teve a perna amputada mas que dizem ter sido por causa do cigarro. Enquanto raciocinava, como de habitual, o mesmo pensamento de maravilhamento mecânico perante a genialidade da forma do Pac-Man, inspirado em uma pizza com um pedaço faltante, me detive em pensamentos sobre a frase inconsequente que me foi dirigida, enquanto deixava meu olhar no modo "interesse nivel 4 - automático" voltado para a garota enquanto essa balbuciava alguma dessas frases inúteis que você simplesmente pula apertando o X como um retardado.


Queee mané Snake o quê. Snake é aquele cara lá no alto da página. Agora, a gente está com vagas abertas para um Worm, um trainee de Snake. Se você quiser se inscrever pro estágio, você tem que estar no mínimo no 5º semestre, ter 16 anos de experiência na área, conhecimentos de HTML, Java, Unreal Engine e Dance Dance Revolution e ter disponibilidade para estagiar das 7:00 às 21:00 (6 horas de estágio e a gente jura que o resto é almoço, que deve ser feito sentado na frente do PC fazendo coisas relacionadas ao trabalho... mas não é trabalho!). Bolsa-esmola de R$ 125,00, já incluso vale-busão e vale-X-pedreiro.


Cigarro e jogos violentos. O último já estava na minha cabeça havia alguns dias, porque nos EUA reacendeu a eterna discussão sobre se os games violentos deveriam ter as vendas proibidas para menores. Neste ponto, não tenho opinião muito diferente da maioria dos gamers: não é o jogo que vai fazer uma pessoa normal enlouquecer, e nem é ele que vai fazer alguém com distúrbios psicológicos sair matando. Outra: não existe algo chamado "recomendação XX anos"? Pô, alguém proíbe no cinema um(a) garoto(a) de 5 anos entrar em um filme pornô se estiver acompanhado dos pais? Está bem, é uma situação... inusitada... e forçada... mas pô! Onde está o neoliberalismo que vocês defendem, EUA, ao livre acesso aos bens de cons... ah, é. Ficou dentro do Lerman-Brothers em 2008... Enfim. Decerto que essa lei não entrará em vigor, até porque se as crianças não podem comprar os jogos, os pais podem. E essa lei, por certo, só funcionaria para os jogos originais vendidos legalmente, é bom lembrar.

Ou seja: o tal Arnold Swaznegerblegewr (sei lá como se escreve esse nome), o governador da Califórnia que propõe isso, está indo um pouco além do que deveria. Primeiro, porque tanto a E3 quanto os estúdios da Blizzard (sim, aquela, de WoW, Diablo, Starcraft... sabe?) se encontram nesse estado, e Schwarzenegger (eu estava brincando, eu sei escrever o sobrenome dele...) não é LOUCO de dizer pra Blizzard não vender mais seus jogos para seu público-alvo. E segundo porque... afinal quem é Schwarzenegger para vir falar de censura contra violência? Parece piada.





"Hasta la vista, Violence."













"In my government, you will be terminated"





Outra coisa que parece piada é que, apesar de o futebol no Brasil gerar mais violência e mortes em... algum período de tempo (não tenho dados sobre quantas pessoas morrem nas mãos e pés e paus e armas de fogo das torcidas organizadas) do que pessoas já morreram - supostamente - devido a indivíduos incentivados pela violência nos jogos, ninguém culpa o futebol em si. Por acaso você vê alguém dizendo "vamos proibir o futebol para menores de 18, porque é um jogo violento!". Todo maldito jogo você vê sair briga por causa de algum lance idiota entre algum par de pirralhos futeboleiros que mal conseguem matar a bola no peito e fazê-la deslizar por um campo que mais parece um tapete mas ainda assim têm carros que valem mais que você, o seu filho, o seu neto e o seu bisneto vão ter nas suas vidas e nas 2 reencarnações de cada um. E ninguém diz que isso é violência. Ao contrário: dizem "isso é esporte de contato. É natural". Mas são os primeiros a apontar para um coitado que está calado no seu quarto, sem bater ninguém nem sair às 3 da manhã em um carro caindo aos pedaços com o som lá no alto tocando alguma música infernal (vocês conhecem a cena) e só porque ele está olhando para um conjunto de pixels que remetem a uma arma de fogo, diz-se: "Ah, olhem para ele! Ele vai querer nos matar logo em seguida! Ele está sendo incitado à violência!".

Quer saber o que é ser incitado à violência?! Você já dirigiu alguma vez?! Pode apostar que você vai encontrar muito mais violência sobre 100 metros de asfalto do que em todo Wolfenstein 3D. E sabe o que também é uma piada? Permitirem bebidas alcoólicas e ficar enchendo o saco de gamers. Não se sabe que o álcool deixa você... diferente? Que ele ceifa em um par de minutos pelo mundo mais vidas do que foram tiradas em Collumbine?! Querem comparar o video game ao álcool em capacidade de distorcer mentes pelo que parece. Afinal, há tantos estudos "conclusívos" que dizem que os games causam e não causam violência. Como pode haver duas coisas conclusivas opostas?! Droga, se decidam!


Eu era um bebado... Que vivia drogado... Hoje estou curado...
Encontrei Shenmue! Encontrei Shenmue! Encontre Sh... Ah, é Yakuza, né?...


Agora, me diga: e o cigarro? Não se sabe que ele faz mal? Não se sabe que eu devo ter perdido alguns porcentos de capacidade pulmonar após ter ingerido aquela pizza envenenada com tabaco e um número maior de substências nocivas do que existem de cópias baratas do Tetris? Sim, é proibido para menores. Mas não é sabido que o cigarro não faz mal apenas a quem o consome, mas a todos os que cercam essa pessoa? Então, que diferença faz proibir só para menores, se eles também serão afetados? Alguém discorda que o cigarro causa mais dor, sofrimento e mortes do que os video games? - Tirando, claro, os jogos Contra, que causam mais sofimento ao gamer coitado o bastante para ter a ousadia de tentar fechá-los do que o cigarro aos fumantes - E ainda chega um cara que fazia filmes onde só o que se via eram tiros dizendo agora que os games violentos devem sofrer restrições? Convenhemos: não há coisas mais importantes a serem feitas, não? No Brasil, proibiram Bully. por acaso com isso a criminalidade nas escolas brasileiras diminuiu, senhores senadores? Hein? DIMINUIU!??!!?!?!!?!?? Eu preciso fazer um estudo sobre isso. Aliás, vou fazer meu TCC sobre isso. Aliás, vou me formar mestre sobre isso. Aliás, vou dedicar minha VIDA a isso. Ou pelo menos, deveria. E aí? Com Counter-Strike banido, as favelas se tornaram um ambiente mais seguro? HEIN?! RESPONDAM, SEUS FILHOS DA P***, C****** DE M****!!!! QUEM FOI O GÊNIO QUE PROPÔS ESSAS MEDIDAS, ME DIGA SE ISSO MUDOU ALGUMA COISA! ME DIGA SE O PROBLEMA É A VIOLÊNCIA NOS JOGOS OU SE É A FALTA DE CONDIÇÕES MÍNIMAS OFERECIDAS PELO ESTADO AOS MORADORES DE FAVELAS, O QUE LEVA O CRIME ORGANIZADO A SER UM MEIO DE VIDA! ME RESPONDAM SE A CULPA É DOS GAMES VIOLENTOS NOS EUA, OU SE É DE UM PAÍS FRAGMENTADO EM 50 ESTADOS DIFERENTES QUE SE DETESTAM E QUE SE NÃO TIVEREM UM INIMIGO EXTERNO EM COMUM SE VIRAM CONTRA ELES MESMOS, MOTIVO PELO QUAL NÃO PASSAM UMA DÉCADA DE SUAS HISTÓRIAS SEM SE ENVOLVEREM EM ALGUM TIPO DE GUERRA, INCENTIVANDO SEUS JOVENS A INVADIREM OUTROS PAÍSES E A MATAREM DE VERDADE POR INTERESSES POLÍTICOS, ECONÔMICOS E ETC. EM VEZ DE FICAREM EM CASA JOGANDO VIDEO GAMES! É CULPA DOS GAMES VIOLÊNTOS QUE PESSOAS INSTÁVEIS MATAM UMAS ÀS OUTRAS?! oS GAMES AJUDAM, OU QUEM AJUDA É A FALTA DE BARREIRAS EFETIVAS CONTRA A IMPORTAÇÃO DE ARMAS?! ALIÁS, SE VOCÊS QUEREM QUE AS PESSOAS PAREM DE SE MATAR TANTO QUANTO FAZEM PARECER, PAÍSES MEMBROS DA ONU, POR QUE VOCÊS PERMITEM A PRODUÇÃO DE ARMAS? ACABEM COM AS SUAS INDÚSTRIAS MULTIBILIONÁRIAS DE MORTES, ANTES DE VIREM APONTAR CULPADOS NA INDÚSTRIA DOS GAMES! NINGUÉM NO RAMO DO ENTRETENIMENTO SE RESPONSABILIZA PELAS MORTES QUE VOCÊS, SUAS POLÍTICAS DÚBIAS, SEU ÁLCOOL GOSTOSO MAS ASSASSINO E SEUS CIGARROS ESTAGADORES DE PIZZAS PERMITIRAM! GAMES NÃO MATAM: SUAS DROGAS LICENCIADAS E SUAS ARMAS SIM! SE NÃO QUEREM PARAR DE FUMAR, BEBER E ETC., ÓTIMO. MAS PAREM DE SE ENGANAREM, E AOS OUTROS, BOTANDO A CULPA NO QUE NÃO TEM NADA A VER!

E, para finalizar: se games fazem tão mal assim, por que vocês não provam isso, em vez de ficarem fazendo polêmicas como bonequinhas reclamando do preço exorbitante do salão de cabeleireiros? Quem sabe assim alguém os leve a sério. Digo, alguém sério que os leve a sério. Toda vez alguém deve reerguer esse assunto, não é? Ainda sem bases, tal como todos antes. Cansa, não? Será que eles não se cansam?

Falou.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Shuffle!

Visual novel, quando até o carinha ali do fundo
 tem uma queda inexplicável por você


Aproveitando o comentário do Rafa sobre os "jogos-livro" não propositais... vou confessar, sou fag de visual novel.
Muitos jogos desse tipo não têm intenção de mostrar uma história profunda (Bem, isso depende. RISOS), mas possibilitar uma rota para pegar menininhas (ou nem tão INHAS assim). Sendo assim, vou comentar aquilo que é proposto o jogo. Se as personagens são de fato interessantes para serem escolhidas, se há opção de escolha e se o resultado vale a pena. Ah, em alguns casos, por que não descobrir que um desses jogos realmente vale para quem busca uma história?
Já aviso que o primeiro que eu trago não é o caso. Famosíssimo e venerado, Shuffle! se esconde atrás de belos gráficos para agradar até um público que passou bem longe do jogo.
Eu poderia ficar muitos parágrafos comentando sobre as franquias, mas vamos focar apenas no original, o jogo de PC desenvolvido pela Navel (a mesma de Soul Link) em 2004. A partir daí podemos desconsiderar alguns fatores gráficos, e aplaudir outros, como as cenas em CG muito belas e dignas de anime – ah se o próprio fosse feito com METADE da qualidade do jogo!


Quem olha pro gráfico até acha que o jogo todo é assim
1. Plot

Humanos, demônios e deuses vivem em harmonia por conta de um portal aberto entre os dois mundos. A diferença entre eles é mera habilidade mágica e o tamanho das orelhas (Cuidado antes de chamar o colega de Dumbo, ele sabe usar magia).Para promover a paz de todos foi criada uma escola transracial chamada Verbena Gakuen (isso faz diferença?).
Você é o fracassado Rin Tsuchimi, um garoto idiota de 17 anos que perdeu os pais em um acidente (não diga...) e não tem nada demais até duas alunas transferidas serem empurradas por seus pais os graaandes reis de cada mundo para se casar. O motivo? Você foi legal quando pivete (e nem se lembra disso) com criancinhas orelhudas que se apaixonaram por você.
Com isso, suas amiguxas vão ficar com inveja e se dar conta de seus puros (ou não) sentimentos.


 Todas elas só estão esperando pelo "Rin-kun/-sama/-chan"
2. Gameplay
Quando não se há muito o que descobrir na história, que pelo menos possamos seguir a história a nosso modo, não? Em Shuffle!, ao todo, você terá uma margem de cinco oportunidades de escolhas. E não espere muito mistério sobre o resultado do que escolher.
“De quem você gosta mais?  Nerine, Kaede, NDA” 
“O que você fará agora? Sair com Kaede / Sair com Primula”
E prepare-se, qualquer resposta escolhida “errada” vai te levar ao final mais sem graça e descobrindo menos sobre o passado alheio, com Kaede-chan.


A blusa ou a saia primeiro? Hmmm. 
Provavelmente a escolha mais interessante disponível

3. Música e Interface
Em um clássico ADV, temos uma janelinha por onde todo o texto passa. Um ponto positivo é que podemos escolher a cor tanto do fundo como da letra, inclusive através disso diferenciar aquilo que já lemos.
A opção de skip é uma benção para conseguir todos os finais. Seria uma tortura psicológica ler os mesmos diálogos vazios até chegar na revelação de um passado novo.
A música é irritante, repetitiva e animada de um jeito enjoativo. Jogue sem som. As canções de crédito são até bonitinhas, mas infantis.


Não amigão, não é dessa vez 
que você vai levar a sensei...

4. Personagens
É o que sobra. Se temos que escolher uma delas, que pelo menos sejamos recompensados.


Lisianthus/Kikyou

A filha do Rei dos Deuses (que pai imbecil...), "Sia" é alegre, moe, uguu, é ajeitadinha e faz o tipo esposa. Mas a graça dela é outra. Mais do que viver pela irmã gêmea que não sobreviveu, ela carrega a alma da defunta e, quando está triste, permite que ela se manifeste. A irmãzinha também aparece quando acha que Sia-chan deveria ser mais levada (uiuiui). É um desenrolar interessante que pode acabar em uma escolha dentro da escolha (Yo dawg...) ou o happy ending clássico.
Um bônus: os deuses aceitam poligamia (foi ela quem disse, dica!).



Oh querida, isso, mais pra direita.
Tá quase saindo o cacão da orelha...

Nerine/Lycoris

A filha do Rei dos Demônios (que pai imbecil [2]...). Você já deve saber o que te espera quando viu o nome duplo é outra que carrega a alma de uma defunta. Mas não é a irmã, é só o clone homunculo dela que foi criado para salvá-la de uma doença incurável! (Ah ta... :) )
Mas ao invés da dupla personalidade, ela apenas herdou o dom da música (isso é o que você, Rin-kun, acha, a não ser que resolva assistir o anime pra ouvi-la cantando e mudar de ideia).
Típica esposinha japonesa (waifu), uma Sia bem formal e envergonhada. É a rota mais "melancólica", e serve para entender quem diabos é a chata da pivete dos flahsbacks.


Seria bom se isso tudo não fosse desproporcional nas cenas eroge

Kaede Fuyou

Sua amiga de infância. A mãe dela morreu (com os seus pais!) num acidente voltando para a casa ao saberem que ela estava doente. Para que ela não se sentisse culpada, você inventou que foi culpa sua. Daí você foi morar com ela, que te empurrou da escada e quase te esfaqueou. Quando descobriu a verdade, ficou cheia de culpa e louca pra uma compensação noturna.
Não espere ver essa cena e nem que o comportamento yandere se repita, isso só acontece no anime. Decepcionante!
É o final mais fácil, irritante, no qual você não descobre nada (só esse começo que eu acabei de 'spoilar', ah tá que você não sabia) e que não muda em absolutamente nada o tratamento dela com você nem... nada.



Oh, shiny...

Asa Shigure

É uma personagem cativante em sua linearidade e tem uma das histórias mais legais de se "descobrir", então não vou spoilar muito. Sua miguxa, senpai. É meio moleca, não sabe disfarçar que gosta de você (é a que melhor consegue) e tem uma saúde fraca - na verdade ela é filha de uma demônio, mas ninguém sabe disso porque ela recusa usar magia e tem grande parte do corpo humano. Já sabem onde isso vai dar, não? (Piadinha assim em ergoe não é legal!)


Pra que Hulk se ela tem VOCÊ pra fazer 
coisas anatomicamente tensas?

Primula

A loli kuudere.
Uma homunculus (não é pedofilia se o negócio não é necessariamente humano, não?) que por motivo nenhum simplesmente te tomou como favorito e fica andando atrás de você falando “Rin...” (É a coisa mais calma que você vai ouvir, é tipo um santuário no meio daquelas vozes agudas) e querendo que você seja o nii-sama dela. Não tem graça conquistar quem já te adora, por isso ela perde o charme quando começa a desenvolver personalidade, falando demais. Mas é um dos finais mais legais, abrange um pouco os outros dois passados relevantes (Nerine e Sia) e o único que faz com que ela não desapareça magicamente da história.


É minha favorita. Não posso esconder!

Considerações finais: É um jogo ajeitadinho e mediano. Onde peca, e vou repetir o que acabei de dizer aí em cima, é achar que há estímulo em um jogo de conquistas onde todas já estão conquistadas, basta apontar. Se você utilizar bem do SKIP dá pra  aproveitar bem. Se escolher o final da Primula... *_*~~ .....

Citei a Primula, tenho que ilustrar. 
Não estou usando de desculpa, ok?

Caham. 
De repente com mais escolhas seria MUITO mais divertido. Ou manter assim, mas mais curto seria o ideal. 
Tem outros personagens bem mais legais e pegáveis, como a Mayura, a demônia heterocromática e de personalidade arredia. Ou a sensei. Ou a amiga pervertida do "Maa Maa  Maa!!!", sei bem onde ela vai dizer isso... mas isso fica para as continuações do jogo, que, sinceramente, cheiram "a mais do nada mesmo".

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