quinta-feira, 15 de julho de 2010
Valve 3/4
segunda-feira, 12 de julho de 2010
BioWare 2/4
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Blizzard 1/4
Fundada em Fevereiro de 1991 sob o nome Silicon & Synapse, a companhia só foi assumir o nome de Blizzard Entertainment em 1994. Antes disso, jogos conhecidos pra alguns de nós, como Rock’n’Roll Racing e Blackthorne foram lançados pela companhia.
Qualquer gamer que acredite ser “velha guarda” e nunca jogou RRR é um herege. Você pode se redimir baixando um emulador e jogando ele agora. Não vai ter arrependimento.
Também em 1994 houve o lançamento do primeiro título da saga Warcraft. O início de uma história gigantesca, com o título Warcraft: Orcs and Humans. Junto com Dune II, foi um dos títulos que abriu as portas do mundo pra jogos no estilo RTS. Outro título que merece destaque na época é Command e Conquer, lançado no ano de 1995, que apesar de ser um RTS, ele teve diferenças substanciais do estilo usado em Warcraft, como a interface única para produção de unidades.
Daí em diante o negócio avançou brutalmente. Em 1995, em meio a outros títulos menores, veio Warcraft II: Tides of Darkness e em 1996 a expansão, Warcraft II: Beyod the Dark Portal, ambos seguindo o mesmo estilo de jogo do Warcraft original e dando continuidade a história das raças de Azeroth.
Caralho, a arquitetura dos goblins tá aí desde 1995, meu. Aquele Juggernaut ali no canto é igualzinho a uma porra de um navio Goblin de WoW!
Em 1997 Diablo rouba a cena. Mudando o esquema de controlar um exército de raças fantásticas, tá na hora de ferrar - sozinho - com demônios de diferentes níveis do inferno e outros mundos. O gênero do jogo, dessa vez, é bastante conhecido, mas tem quem diga que o estilo de point and click nasceu aí.
Em 1998, meus amigos, aí nasceu Starcraft. Pff, RTS de novo? Da Blizzard, já cansei de Warcraft. Pois bem, o que você faz quando, aos 5 minutos de jogo, construindo as primeiras estruturas da base, você é rushado por zerglings e sente a dor de um end-game prematuro? Aí é que tá a inovação do negócio.
HOLY SHIT, WTF?
Quebrando o paradigma do RTS parado, em que uma preparação de 10 a 15 minutos é necessária antes de começar uma guerra (Ninguém questiona a capacidade de construir um punhado de prédios e um pequeno exército em 15 minutos, ok?), Starcraft é um violador anal daqueles acostumados a esse sistema. Quando a guerra começa com três minutos e meio e se estende por mais 18 até que uma raça seja suprema (My life for Aiur, na minha opinião) você sabe que o jogo é bom pra caralho.
Stracraft: Brood War foi lançado no mesmo ano, aumentando ainda mais o boost na popularidade de Starcraft. Não tenho uma fonte, mas é difícil de acreditar que um RTS foi e ainda é tão jogado no mundo inteiro quanto Starcraft. Ou você acha que é a toa que imagens evolutivas garantem que os Koreanos se desenvolveram em Hydralisks?
Em 2000 foi a vez de Diablo II. Gráfico melhorado, mais raças, mais itens, mais quests, mais mundos, mais dungeons, mais bestas demoníacas e mais um jogo no sistema point and click, em um mundo agora já bem acostumado com ele.
Se bem me lembro, isso aí é Poison Nova. Fucking. Pure. Awesomeness.
Em 2002 e 2003 foi a vez do retorno triunfal de Warcraft. Warcraft III: Reign of Chaos e Warcraft III: The Frozen Throne vieram para continuar a história das raças de Azeroth e Outlands e abrir caminho para o que viria em 2004: World of Warcraft.
O primeiro e talvez único MMORPG do mundo com mais de 10 anos na construção do lore. Ambientado inteiramente em Azeroth, o mundo principal de todos os jogos anteriores, World of Warcraft consumiu uma absurda parcela do mercado e gerou o que eu imagino ser um número ridiculamente grande em dinheiro.
Em 2007, World of Warcraft: The Bruning Crusade e em 2008 World of Warcraft: The Frozen Throne contaram pedaços da história de antes e durante o terceiro jogo e deram continuação a lore riquíssima de Warcraft. Recentemente o Lich King foi derrotado e agora estamos praticamente entrando na terceira expansão. World of Warcraft: Cataclysm.
E aí? Tá afim de encarar? A gente já sabe que o Lich King só invoca umas valquírias, te joga pra fora do Frozen Throne na marra e causa DoT de 7k em toda a raid. O que acha que o dragão da esquerda vai fazer?
Vou deixar Starcraft II para outro momento. Quero fazer um texto específico sobre ele, mas é um puta histórico pra uma empresa de games, não é? Esqueci de comentar que em Dezembro de 2008 tinha 11 milhões e meio de assinantes, e que desde então não liberaram nenhuma nova estatística. Mas se 11,5 milhões de pessoas já jogavam, deve ter pelo menos um bom motivo, não é?
Apesar de problemas no percurso, como as políticas recentes do sistema de Real ID e a batalha constante contra os addons e os notebooks, a Blizzard vem inovando o mercado e construindo uma plataforma baseada em jogos emblemáticos, que além da inovação que trazem a indústria dos games, são jogados mesmo quando existem coisas muito mais inovadoras (leia-se: bonitas) no mercado.
Hoje estamos no aguardo da terceira expansão de World of Warcraft, Starcraft II e Diablo III no futuro próximo, mas o que vamos ter depois que as duas expansões previstas pra Starcraft II forem lançadas? A Blizzard é pioneira na inovação nos games para PC, mesmo aqueles que saíram de dentro da Blizz levaram pra fora alguma coisa semelhante, como é o caso de Torchlight.
Nos dias de hoje a Blizzard virou Activision Blizzard ao incorporar a empresa resposável pelas séries Call of Duty, Guitar Hero, Spider-Man e Tony Hawk, pra não citas outros títulos de peso. Por enquanto, a massa de fãs (como eu) tá bem satisfeita com o resultado. Enquanto a frase que guia a Blizzard continue sendo “It’s done when it’s done” a tendência é que por mais que não sejam perfeitas, as coisas fiquem bem.
Isso meio que encerra a parte Blizzard dessa série de postagens. O futuro além vai ficar pro último post, o quarto. Segunda-feira (12/07/10) vem o segundo, Quinta-feira (15/07/10) o terceiro, e no Domingo que vem (18/07/10) eu completo essa série. Até lá, um abraço, todo mundo e não esqueçam de deixar um comentário!
P.S. Só pra constar, eu vou começar a escrever meus posts direto aqui no blogspot! Acho que passei mais tempo editando e formatando o negócio (e ainda não ficou perfeito, mas tenho que siar) do que realmente escrevendo! Caralho!
terça-feira, 27 de abril de 2010
Cigarro ainda mata mais que video game
Não sei se vocês partilham da mesma opinião, mas para mim os fumantes estão cada vez mais respeitosos. Claro, respeito nenhum no mundo vai impedir que aquele cheiro de mato podre do inferno queimando empesteie suas roupas, mas eles estão fazendo o possível para pelo menos não bufarem na sua cara ou na maldita pizza que você comprou para dividirem.
Pelo menos é assim comigo. Não sei se tenho sorte, mas todos os fumantes que conheço pensam dez vezes antes de enublar minha visão com o miasma cancerígeno que brota de suas víceras (você já parou para pensar como pode caber tanto material para virar fumaça num cilindrozinho tão pequeno? É um milagre da engenharia!). Uma garota com quem repartia um teco de pizza indagou-me-ei-lhe-o (adoro a norma culta...) se eu, que não sou suicid... digo, fumante, me importava que ela fumasse. Ao que, no ato, me lembrei de uma frase super-estilosa de James Bond (o antigo, no livro de Ian Flemming, e não esse sociopata barato de terno caro de hoje): "Se você já escolheu o modo como quer morrer, fique à vontade". Foi o que eu disse.
Eis que a jovem quebrou meu pagamento de bacanismo dizendo algo como "o que você está dizendo de mim? Você é viciado em jogos, e nessas p**** violentas! Eu posso até me matar, mas pelo menos não vou entrar na minha escola matando todo mundo!".
Ela sabe como me atingir. Não fosse a engraçadinha conhecedora dos meus hábitos e mente-fechada a ponto de desmoralizar os gamers (já sem muita moral perante a sociedade), não falaria isso. Mas eu já estou acostumado aos coices "de brincadeirinha" dela. Contudo, algo me fez parar e refletir sobre meu pedaço de pizza ao bafo fedentino de uma dessas micro-chaminés em cuja caixinha aparece a foto de alguma pessoa que sofreu um atropelamento e teve a perna amputada mas que dizem ter sido por causa do cigarro. Enquanto raciocinava, como de habitual, o mesmo pensamento de maravilhamento mecânico perante a genialidade da forma do Pac-Man, inspirado em uma pizza com um pedaço faltante, me detive em pensamentos sobre a frase inconsequente que me foi dirigida, enquanto deixava meu olhar no modo "interesse nivel 4 - automático" voltado para a garota enquanto essa balbuciava alguma dessas frases inúteis que você simplesmente pula apertando o X como um retardado.
Queee mané Snake o quê. Snake é aquele cara lá no alto da página. Agora, a gente está com vagas abertas para um Worm, um trainee de Snake. Se você quiser se inscrever pro estágio, você tem que estar no mínimo no 5º semestre, ter 16 anos de experiência na área, conhecimentos de HTML, Java, Unreal Engine e Dance Dance Revolution e ter disponibilidade para estagiar das 7:00 às 21:00 (6 horas de estágio e a gente jura que o resto é almoço, que deve ser feito sentado na frente do PC fazendo coisas relacionadas ao trabalho... mas não é trabalho!). Bolsa-esmola de R$ 125,00, já incluso vale-busão e vale-X-pedreiro.
Cigarro e jogos violentos. O último já estava na minha cabeça havia alguns dias, porque nos EUA reacendeu a eterna discussão sobre se os games violentos deveriam ter as vendas proibidas para menores. Neste ponto, não tenho opinião muito diferente da maioria dos gamers: não é o jogo que vai fazer uma pessoa normal enlouquecer, e nem é ele que vai fazer alguém com distúrbios psicológicos sair matando. Outra: não existe algo chamado "recomendação XX anos"? Pô, alguém proíbe no cinema um(a) garoto(a) de 5 anos entrar em um filme pornô se estiver acompanhado dos pais? Está bem, é uma situação... inusitada... e forçada... mas pô! Onde está o neoliberalismo que vocês defendem, EUA, ao livre acesso aos bens de cons... ah, é. Ficou dentro do Lerman-Brothers em 2008... Enfim. Decerto que essa lei não entrará em vigor, até porque se as crianças não podem comprar os jogos, os pais podem. E essa lei, por certo, só funcionaria para os jogos originais vendidos legalmente, é bom lembrar.
Ou seja: o tal Arnold Swaznegerblegewr (sei lá como se escreve esse nome), o governador da Califórnia que propõe isso, está indo um pouco além do que deveria. Primeiro, porque tanto a E3 quanto os estúdios da Blizzard (sim, aquela, de WoW, Diablo, Starcraft... sabe?) se encontram nesse estado, e Schwarzenegger (eu estava brincando, eu sei escrever o sobrenome dele...) não é LOUCO de dizer pra Blizzard não vender mais seus jogos para seu público-alvo. E segundo porque... afinal quem é Schwarzenegger para vir falar de censura contra violência? Parece piada.
"Hasta la vista, Violence."
"In my government, you will be terminated"
Outra coisa que parece piada é que, apesar de o futebol no Brasil gerar mais violência e mortes em... algum período de tempo (não tenho dados sobre quantas pessoas morrem nas mãos e pés e paus e armas de fogo das torcidas organizadas) do que pessoas já morreram - supostamente - devido a indivíduos incentivados pela violência nos jogos, ninguém culpa o futebol em si. Por acaso você vê alguém dizendo "vamos proibir o futebol para menores de 18, porque é um jogo violento!". Todo maldito jogo você vê sair briga por causa de algum lance idiota entre algum par de pirralhos futeboleiros que mal conseguem matar a bola no peito e fazê-la deslizar por um campo que mais parece um tapete mas ainda assim têm carros que valem mais que você, o seu filho, o seu neto e o seu bisneto vão ter nas suas vidas e nas 2 reencarnações de cada um. E ninguém diz que isso é violência. Ao contrário: dizem "isso é esporte de contato. É natural". Mas são os primeiros a apontar para um coitado que está calado no seu quarto, sem bater ninguém nem sair às 3 da manhã em um carro caindo aos pedaços com o som lá no alto tocando alguma música infernal (vocês conhecem a cena) e só porque ele está olhando para um conjunto de pixels que remetem a uma arma de fogo, diz-se: "Ah, olhem para ele! Ele vai querer nos matar logo em seguida! Ele está sendo incitado à violência!".
Quer saber o que é ser incitado à violência?! Você já dirigiu alguma vez?! Pode apostar que você vai encontrar muito mais violência sobre 100 metros de asfalto do que em todo Wolfenstein 3D. E sabe o que também é uma piada? Permitirem bebidas alcoólicas e ficar enchendo o saco de gamers. Não se sabe que o álcool deixa você... diferente? Que ele ceifa em um par de minutos pelo mundo mais vidas do que foram tiradas em Collumbine?! Querem comparar o video game ao álcool em capacidade de distorcer mentes pelo que parece. Afinal, há tantos estudos "conclusívos" que dizem que os games causam e não causam violência. Como pode haver duas coisas conclusivas opostas?! Droga, se decidam!
Eu era um bebado... Que vivia drogado... Hoje estou curado...
Encontrei Shenmue! Encontrei Shenmue! Encontre Sh... Ah, é Yakuza, né?...
Agora, me diga: e o cigarro? Não se sabe que ele faz mal? Não se sabe que eu devo ter perdido alguns porcentos de capacidade pulmonar após ter ingerido aquela pizza envenenada com tabaco e um número maior de substências nocivas do que existem de cópias baratas do Tetris? Sim, é proibido para menores. Mas não é sabido que o cigarro não faz mal apenas a quem o consome, mas a todos os que cercam essa pessoa? Então, que diferença faz proibir só para menores, se eles também serão afetados? Alguém discorda que o cigarro causa mais dor, sofrimento e mortes do que os video games? - Tirando, claro, os jogos Contra, que causam mais sofimento ao gamer coitado o bastante para ter a ousadia de tentar fechá-los do que o cigarro aos fumantes - E ainda chega um cara que fazia filmes onde só o que se via eram tiros dizendo agora que os games violentos devem sofrer restrições? Convenhemos: não há coisas mais importantes a serem feitas, não? No Brasil, proibiram Bully. por acaso com isso a criminalidade nas escolas brasileiras diminuiu, senhores senadores? Hein? DIMINUIU!??!!?!?!!?!?? Eu preciso fazer um estudo sobre isso. Aliás, vou fazer meu TCC sobre isso. Aliás, vou me formar mestre sobre isso. Aliás, vou dedicar minha VIDA a isso. Ou pelo menos, deveria. E aí? Com Counter-Strike banido, as favelas se tornaram um ambiente mais seguro? HEIN?! RESPONDAM, SEUS FILHOS DA P***, C****** DE M****!!!! QUEM FOI O GÊNIO QUE PROPÔS ESSAS MEDIDAS, ME DIGA SE ISSO MUDOU ALGUMA COISA! ME DIGA SE O PROBLEMA É A VIOLÊNCIA NOS JOGOS OU SE É A FALTA DE CONDIÇÕES MÍNIMAS OFERECIDAS PELO ESTADO AOS MORADORES DE FAVELAS, O QUE LEVA O CRIME ORGANIZADO A SER UM MEIO DE VIDA! ME RESPONDAM SE A CULPA É DOS GAMES VIOLENTOS NOS EUA, OU SE É DE UM PAÍS FRAGMENTADO EM 50 ESTADOS DIFERENTES QUE SE DETESTAM E QUE SE NÃO TIVEREM UM INIMIGO EXTERNO EM COMUM SE VIRAM CONTRA ELES MESMOS, MOTIVO PELO QUAL NÃO PASSAM UMA DÉCADA DE SUAS HISTÓRIAS SEM SE ENVOLVEREM EM ALGUM TIPO DE GUERRA, INCENTIVANDO SEUS JOVENS A INVADIREM OUTROS PAÍSES E A MATAREM DE VERDADE POR INTERESSES POLÍTICOS, ECONÔMICOS E ETC. EM VEZ DE FICAREM EM CASA JOGANDO VIDEO GAMES! É CULPA DOS GAMES VIOLÊNTOS QUE PESSOAS INSTÁVEIS MATAM UMAS ÀS OUTRAS?! oS GAMES AJUDAM, OU QUEM AJUDA É A FALTA DE BARREIRAS EFETIVAS CONTRA A IMPORTAÇÃO DE ARMAS?! ALIÁS, SE VOCÊS QUEREM QUE AS PESSOAS PAREM DE SE MATAR TANTO QUANTO FAZEM PARECER, PAÍSES MEMBROS DA ONU, POR QUE VOCÊS PERMITEM A PRODUÇÃO DE ARMAS? ACABEM COM AS SUAS INDÚSTRIAS MULTIBILIONÁRIAS DE MORTES, ANTES DE VIREM APONTAR CULPADOS NA INDÚSTRIA DOS GAMES! NINGUÉM NO RAMO DO ENTRETENIMENTO SE RESPONSABILIZA PELAS MORTES QUE VOCÊS, SUAS POLÍTICAS DÚBIAS, SEU ÁLCOOL GOSTOSO MAS ASSASSINO E SEUS CIGARROS ESTAGADORES DE PIZZAS PERMITIRAM! GAMES NÃO MATAM: SUAS DROGAS LICENCIADAS E SUAS ARMAS SIM! SE NÃO QUEREM PARAR DE FUMAR, BEBER E ETC., ÓTIMO. MAS PAREM DE SE ENGANAREM, E AOS OUTROS, BOTANDO A CULPA NO QUE NÃO TEM NADA A VER!
E, para finalizar: se games fazem tão mal assim, por que vocês não provam isso, em vez de ficarem fazendo polêmicas como bonequinhas reclamando do preço exorbitante do salão de cabeleireiros? Quem sabe assim alguém os leve a sério. Digo, alguém sério que os leve a sério. Toda vez alguém deve reerguer esse assunto, não é? Ainda sem bases, tal como todos antes. Cansa, não? Será que eles não se cansam?
Falou.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Shuffle!
Aproveitando o comentário do Rafa sobre os "jogos-livro" não propositais... vou confessar, sou fag de visual novel.
Muitos jogos desse tipo não têm intenção de mostrar uma história profunda (Bem, isso depende. RISOS), mas possibilitar uma rota para pegar menininhas (ou nem tão INHAS assim). Sendo assim, vou comentar aquilo que é proposto o jogo. Se as personagens são de fato interessantes para serem escolhidas, se há opção de escolha e se o resultado vale a pena. Ah, em alguns casos, por que não descobrir que um desses jogos realmente vale para quem busca uma história?
Já aviso que o primeiro que eu trago não é o caso. Famosíssimo e venerado, Shuffle! se esconde atrás de belos gráficos para agradar até um público que passou bem longe do jogo.
Eu poderia ficar muitos parágrafos comentando sobre as franquias, mas vamos focar apenas no original, o jogo de PC desenvolvido pela Navel (a mesma de Soul Link) em 2004. A partir daí podemos desconsiderar alguns fatores gráficos, e aplaudir outros, como as cenas em CG muito belas e dignas de anime – ah se o próprio fosse feito com METADE da qualidade do jogo!
Humanos, demônios e deuses vivem em harmonia por conta de um portal aberto entre os dois mundos. A diferença entre eles é mera habilidade mágica e o tamanho das orelhas (Cuidado antes de chamar o colega de Dumbo, ele sabe usar magia).Para promover a paz de todos foi criada uma escola transracial chamada Verbena Gakuen (isso faz diferença?).
Você é o fracassado Rin Tsuchimi, um garoto idiota de 17 anos que perdeu os pais em um acidente (não diga...) e não tem nada demais até duas alunas transferidas serem empurradas por seus pais os graaandes reis de cada mundo para se casar. O motivo? Você foi legal quando pivete (e nem se lembra disso) com criancinhas orelhudas que se apaixonaram por você.
Com isso, suas amiguxas vão ficar com inveja e se dar conta de seus puros (ou não) sentimentos.
Quando não se há muito o que descobrir na história, que pelo menos possamos seguir a história a nosso modo, não? Em Shuffle!, ao todo, você terá uma margem de cinco oportunidades de escolhas. E não espere muito mistério sobre o resultado do que escolher.
“De quem você gosta mais? Nerine, Kaede, NDA”
“O que você fará agora? Sair com Kaede / Sair com Primula”
E prepare-se, qualquer resposta escolhida “errada” vai te levar ao final mais sem graça e descobrindo menos sobre o passado alheio, com Kaede-chan.
3. Música e Interface
Em um clássico ADV, temos uma janelinha por onde todo o texto passa. Um ponto positivo é que podemos escolher a cor tanto do fundo como da letra, inclusive através disso diferenciar aquilo que já lemos.
A opção de skip é uma benção para conseguir todos os finais. Seria uma tortura psicológica ler os mesmos diálogos vazios até chegar na revelação de um passado novo.
A música é irritante, repetitiva e animada de um jeito enjoativo. Jogue sem som. As canções de crédito são até bonitinhas, mas infantis.
que você vai levar a sensei...
4. Personagens
É o que sobra. Se temos que escolher uma delas, que pelo menos sejamos recompensados.
Lisianthus/Kikyou
A filha do Rei dos Deuses (que pai imbecil...), "Sia" é alegre, moe, uguu, é ajeitadinha e faz o tipo esposa. Mas a graça dela é outra. Mais do que viver pela irmã gêmea que não sobreviveu, ela carrega a alma da defunta e, quando está triste, permite que ela se manifeste. A irmãzinha também aparece quando acha que Sia-chan deveria ser mais levada (uiuiui). É um desenrolar interessante que pode acabar em uma escolha dentro da escolha (Yo dawg...) ou o happy ending clássico.
Um bônus: os deuses aceitam poligamia (foi ela quem disse, dica!).
Tá quase saindo o cacão da orelha...
Nerine/Lycoris
A filha do Rei dos Demônios (que pai imbecil [2]...). Você já deve saber o que te espera quando viu o nome duplo é outra que carrega a alma de uma defunta. Mas não é a irmã, é só o clone homunculo dela que foi criado para salvá-la de uma doença incurável! (Ah ta... :) )
Mas ao invés da dupla personalidade, ela apenas herdou o dom da música (isso é o que você, Rin-kun, acha, a não ser que resolva assistir o anime pra ouvi-la cantando e mudar de ideia).
Típica esposinha japonesa (waifu), uma Sia bem formal e envergonhada. É a rota mais "melancólica", e serve para entender quem diabos é a chata da pivete dos flahsbacks.
Kaede Fuyou
Sua amiga de infância. A mãe dela morreu (com os seus pais!) num acidente voltando para a casa ao saberem que ela estava doente. Para que ela não se sentisse culpada, você inventou que foi culpa sua. Daí você foi morar com ela, que te empurrou da escada e quase te esfaqueou. Quando descobriu a verdade, ficou cheia de culpa e louca pra uma compensação noturna.
Não espere ver essa cena e nem que o comportamento yandere se repita, isso só acontece no anime. Decepcionante!
É o final mais fácil, irritante, no qual você não descobre nada (só esse começo que eu acabei de 'spoilar', ah tá que você não sabia) e que não muda em absolutamente nada o tratamento dela com você nem... nada.
É uma personagem cativante em sua linearidade e tem uma das histórias mais legais de se "descobrir", então não vou spoilar muito. Sua miguxa, senpai. É meio moleca, não sabe disfarçar que gosta de você (é a que melhor consegue) e tem uma saúde fraca - na verdade ela é filha de uma demônio, mas ninguém sabe disso porque ela recusa usar magia e tem grande parte do corpo humano. Já sabem onde isso vai dar, não? (Piadinha assim em ergoe não é legal!)
Primula
A loli kuudere.
Uma homunculus (não é pedofilia se o negócio não é necessariamente humano, não?) que por motivo nenhum simplesmente te tomou como favorito e fica andando atrás de você falando “Rin...” (É a coisa mais calma que você vai ouvir, é tipo um santuário no meio daquelas vozes agudas) e querendo que você seja o nii-sama dela. Não tem graça conquistar quem já te adora, por isso ela perde o charme quando começa a desenvolver personalidade, falando demais. Mas é um dos finais mais legais, abrange um pouco os outros dois passados relevantes (Nerine e Sia) e o único que faz com que ela não desapareça magicamente da história.