quinta-feira, 8 de abril de 2010

Shuffle!

Visual novel, quando até o carinha ali do fundo
 tem uma queda inexplicável por você


Aproveitando o comentário do Rafa sobre os "jogos-livro" não propositais... vou confessar, sou fag de visual novel.
Muitos jogos desse tipo não têm intenção de mostrar uma história profunda (Bem, isso depende. RISOS), mas possibilitar uma rota para pegar menininhas (ou nem tão INHAS assim). Sendo assim, vou comentar aquilo que é proposto o jogo. Se as personagens são de fato interessantes para serem escolhidas, se há opção de escolha e se o resultado vale a pena. Ah, em alguns casos, por que não descobrir que um desses jogos realmente vale para quem busca uma história?
Já aviso que o primeiro que eu trago não é o caso. Famosíssimo e venerado, Shuffle! se esconde atrás de belos gráficos para agradar até um público que passou bem longe do jogo.
Eu poderia ficar muitos parágrafos comentando sobre as franquias, mas vamos focar apenas no original, o jogo de PC desenvolvido pela Navel (a mesma de Soul Link) em 2004. A partir daí podemos desconsiderar alguns fatores gráficos, e aplaudir outros, como as cenas em CG muito belas e dignas de anime – ah se o próprio fosse feito com METADE da qualidade do jogo!


Quem olha pro gráfico até acha que o jogo todo é assim
1. Plot

Humanos, demônios e deuses vivem em harmonia por conta de um portal aberto entre os dois mundos. A diferença entre eles é mera habilidade mágica e o tamanho das orelhas (Cuidado antes de chamar o colega de Dumbo, ele sabe usar magia).Para promover a paz de todos foi criada uma escola transracial chamada Verbena Gakuen (isso faz diferença?).
Você é o fracassado Rin Tsuchimi, um garoto idiota de 17 anos que perdeu os pais em um acidente (não diga...) e não tem nada demais até duas alunas transferidas serem empurradas por seus pais os graaandes reis de cada mundo para se casar. O motivo? Você foi legal quando pivete (e nem se lembra disso) com criancinhas orelhudas que se apaixonaram por você.
Com isso, suas amiguxas vão ficar com inveja e se dar conta de seus puros (ou não) sentimentos.


 Todas elas só estão esperando pelo "Rin-kun/-sama/-chan"
2. Gameplay
Quando não se há muito o que descobrir na história, que pelo menos possamos seguir a história a nosso modo, não? Em Shuffle!, ao todo, você terá uma margem de cinco oportunidades de escolhas. E não espere muito mistério sobre o resultado do que escolher.
“De quem você gosta mais?  Nerine, Kaede, NDA” 
“O que você fará agora? Sair com Kaede / Sair com Primula”
E prepare-se, qualquer resposta escolhida “errada” vai te levar ao final mais sem graça e descobrindo menos sobre o passado alheio, com Kaede-chan.


A blusa ou a saia primeiro? Hmmm. 
Provavelmente a escolha mais interessante disponível

3. Música e Interface
Em um clássico ADV, temos uma janelinha por onde todo o texto passa. Um ponto positivo é que podemos escolher a cor tanto do fundo como da letra, inclusive através disso diferenciar aquilo que já lemos.
A opção de skip é uma benção para conseguir todos os finais. Seria uma tortura psicológica ler os mesmos diálogos vazios até chegar na revelação de um passado novo.
A música é irritante, repetitiva e animada de um jeito enjoativo. Jogue sem som. As canções de crédito são até bonitinhas, mas infantis.


Não amigão, não é dessa vez 
que você vai levar a sensei...

4. Personagens
É o que sobra. Se temos que escolher uma delas, que pelo menos sejamos recompensados.


Lisianthus/Kikyou

A filha do Rei dos Deuses (que pai imbecil...), "Sia" é alegre, moe, uguu, é ajeitadinha e faz o tipo esposa. Mas a graça dela é outra. Mais do que viver pela irmã gêmea que não sobreviveu, ela carrega a alma da defunta e, quando está triste, permite que ela se manifeste. A irmãzinha também aparece quando acha que Sia-chan deveria ser mais levada (uiuiui). É um desenrolar interessante que pode acabar em uma escolha dentro da escolha (Yo dawg...) ou o happy ending clássico.
Um bônus: os deuses aceitam poligamia (foi ela quem disse, dica!).



Oh querida, isso, mais pra direita.
Tá quase saindo o cacão da orelha...

Nerine/Lycoris

A filha do Rei dos Demônios (que pai imbecil [2]...). Você já deve saber o que te espera quando viu o nome duplo é outra que carrega a alma de uma defunta. Mas não é a irmã, é só o clone homunculo dela que foi criado para salvá-la de uma doença incurável! (Ah ta... :) )
Mas ao invés da dupla personalidade, ela apenas herdou o dom da música (isso é o que você, Rin-kun, acha, a não ser que resolva assistir o anime pra ouvi-la cantando e mudar de ideia).
Típica esposinha japonesa (waifu), uma Sia bem formal e envergonhada. É a rota mais "melancólica", e serve para entender quem diabos é a chata da pivete dos flahsbacks.


Seria bom se isso tudo não fosse desproporcional nas cenas eroge

Kaede Fuyou

Sua amiga de infância. A mãe dela morreu (com os seus pais!) num acidente voltando para a casa ao saberem que ela estava doente. Para que ela não se sentisse culpada, você inventou que foi culpa sua. Daí você foi morar com ela, que te empurrou da escada e quase te esfaqueou. Quando descobriu a verdade, ficou cheia de culpa e louca pra uma compensação noturna.
Não espere ver essa cena e nem que o comportamento yandere se repita, isso só acontece no anime. Decepcionante!
É o final mais fácil, irritante, no qual você não descobre nada (só esse começo que eu acabei de 'spoilar', ah tá que você não sabia) e que não muda em absolutamente nada o tratamento dela com você nem... nada.



Oh, shiny...

Asa Shigure

É uma personagem cativante em sua linearidade e tem uma das histórias mais legais de se "descobrir", então não vou spoilar muito. Sua miguxa, senpai. É meio moleca, não sabe disfarçar que gosta de você (é a que melhor consegue) e tem uma saúde fraca - na verdade ela é filha de uma demônio, mas ninguém sabe disso porque ela recusa usar magia e tem grande parte do corpo humano. Já sabem onde isso vai dar, não? (Piadinha assim em ergoe não é legal!)


Pra que Hulk se ela tem VOCÊ pra fazer 
coisas anatomicamente tensas?

Primula

A loli kuudere.
Uma homunculus (não é pedofilia se o negócio não é necessariamente humano, não?) que por motivo nenhum simplesmente te tomou como favorito e fica andando atrás de você falando “Rin...” (É a coisa mais calma que você vai ouvir, é tipo um santuário no meio daquelas vozes agudas) e querendo que você seja o nii-sama dela. Não tem graça conquistar quem já te adora, por isso ela perde o charme quando começa a desenvolver personalidade, falando demais. Mas é um dos finais mais legais, abrange um pouco os outros dois passados relevantes (Nerine e Sia) e o único que faz com que ela não desapareça magicamente da história.


É minha favorita. Não posso esconder!

Considerações finais: É um jogo ajeitadinho e mediano. Onde peca, e vou repetir o que acabei de dizer aí em cima, é achar que há estímulo em um jogo de conquistas onde todas já estão conquistadas, basta apontar. Se você utilizar bem do SKIP dá pra  aproveitar bem. Se escolher o final da Primula... *_*~~ .....

Citei a Primula, tenho que ilustrar. 
Não estou usando de desculpa, ok?

Caham. 
De repente com mais escolhas seria MUITO mais divertido. Ou manter assim, mas mais curto seria o ideal. 
Tem outros personagens bem mais legais e pegáveis, como a Mayura, a demônia heterocromática e de personalidade arredia. Ou a sensei. Ou a amiga pervertida do "Maa Maa  Maa!!!", sei bem onde ela vai dizer isso... mas isso fica para as continuações do jogo, que, sinceramente, cheiram "a mais do nada mesmo".

4 comentários:

Keitava disse...

Tenho todas as CGs do jogo e memórias muito engraçadas do gameplay. Diria que vale a pena especialmente por isso! Se puder jogar acompanhado, é muito mais engraçado. AOEHUAOEHUOAEO

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Diego disse...

para pegar o final da primula tem que ter todos os outros finais?

Unknown disse...

Para pegar o final da primula tem que ter todos os outros finais ?

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